quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Mudanças

O corte do cabelo, a cor do esmalte, uma roupa, a aparência. Constantemente passamos por pequenas mudanças que, simplesmente, fazem parte de nossas vidas. E, se pararmos para observar, podemos até nos assustar com o que aconteceu com todos nós. O tempo passa e todos nós mudamos, sempre foi assim e continuará a ser assim. Não temos muitas escolhas, a não ser fazer de tudo para que essas mudanças sejam sempre para melhor.
As pessoas mudam, não adianta. Dê seu jeito para (tentar) conciliar tudo.


- Indicação de música: Brandy - Camouflage

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Palavras

Acho que todos já passaram por aquele momento em que você tem em mente exatamente o que quer falar, o que quer dizer, mas não sabe como expor aquilo.
Não conseguem explicar o que está acontecendo ou como funcionará aquele projeto do trabalho, não conseguem dizer que amam alguém.
Por medo, insergurança ou por um simples "branco" que deu naquele momento, deixamos de falar, deixamos de agir. Ficamos paralisados, gaguejamos.
Não adianta, as palavras não saem. Ou, se saem, não o fazem de forma clara, compreensível.
Palavras que nos proporcionam emoções inexplicáveis, que servem para nos fazer seguir em frente.
Palavras, palavras, tudo muito confuso.
Míseras letrinhas que facilitam, mas também complicam bastante a nossa vida.
Você já disse algo hoje?


- Indicação de música: Missy Higgins - Warm whispers

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Alguém batia à porta

A qualquer momento faria um buraco no chão de tanto andar de um lado para o outro. A hora não passava e a ansiedade só aumentava. Estava há anos sem vê-lo, com certeza não saberia reconhecê-lo no meio da rua. Só conseguia se recordar de sua voz, aquela que ouviu poucas vezes durante todo esse tempo em que ficaram separados. Ninguém entendia o porquê de se falarem tão pouco e apenas por telefonemas rápidos, mas, para eles, aquilo bastava. Bastava para lembrá-los que ainda pensavam no outro, bastava para mantê-los ligados de certa forma. Não podiam negar a ansiedade em ver como o outro estava, de sentirem o toque e o carinho do outro.
Alguém batia à porta.

A qualquer momento faria um buraco no chão de tanto andar de um lado para o outro. As horas haviam passado rápidas demais, dias já tinham se passado. Não podiam negar a ansiedade em ver o outro pela última vez, de sentirem o toque e o carinho do outro.
Alguém batia à porta.
Era hora dele voltar.



- Indicação de música: Dave Barnes - Home

domingo, 8 de agosto de 2010

ACITÍLOP

A Copa do Mundo de Futebol, ao coroar a Espanha, abriu espaço para o período eleitoral. Chegou a época de ouvir músicas de candidatos pela rua, de receber inúmeros panfletos, de assistir a propagandas eleitorais em massa. E chegou a época de anunciarem novas candidaturas de personalidades que não demonstram relação nenhuma com a área. As pessoas ainda querem nos dizer que é hora de exercermos nossa cidadania, nosso direito ao voto?
Os panfletos cheios de letras miúdas só faltam mencionar que aquele candidato já foi à Lua. Quem realmente garante que aquilo tudo saiu do papel?
As músicas das campanhas só faltam vir acompanhadas de depoimentos de crianças felizes sobre o candidato. Quem realmente garante que aquilo tudo não é farsa?
As propagandas eleitorais só faltam prometer que vão construir uma linha subterrânea que liga a América ao Oriente Médio. Quem realmente garante que aquilo tudo será feito?
Está tudo ao contrário nesse país que se diz democrático. Se eu não voto, cometo crime eleitoral. Se eu anulo o meu voto, resmungam que assim a situação nunca mudará. Acontece que a maioria vai acabar votando naquele candidato pelo qual tem simpatia e seja o que Deus quiser. Ninguém percebe que as coisas estão do lado avesso.
Bom, acho que não sou eu a pessoa mais certa para mudar alguma coisa.


- Indicação de música: Adam Lambert - Master plan

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Leite, portas e cultura


Ninguém costuma dar valor à própria cultura, muito menos entendê-la e perceber como ela contribui para sua vida. Mas é após assistir à palestra do professor John Knight (professor de inglês e Cultura Americana para alunos estrangeiros da Saint Mary's College, Califórnia) que você começa a notar as "falhas" existentes no seu conhecimento acerca da sua cultura. E tudo fica claro quando ele conta sobre o período em que morou na Alemanha, aos 7 anos de idade.

Ele estava num casamento e, para as crianças, serviram leite morno. Acontece que, segundo John, crianças americanas não gostam de leite morno. E vai além: ele conta que, na Itália, quando os garços souberam desse detalhe, colocaram gelo no copo de leite. E foi quando ele, mais tarde, chegou à Etiópia para passar um tempo dando aula que ele percebeu que o único modo de se tomar leite por lá era se ele fosse fervido. Culturas bem diferentes, não?

Não falo aqui para inferiorizar quem pouco ou nada sabe sobre a própria cultura, porque eu não sou muito diferente. Isso me fez pensar que nós ainda temos que passar por muitas portas e contar e ouvir muitas histórias para conhecermos e entendermos ainda mais.



- Indicação de música: Jason Derulo - The sky's the limit